segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

10 - 28/01 "Tudo é Babaji"

oi meninas,
agora estou em Ranchi no ashran do meu guru, chegamos agora, vou tentar escrever um pouco ate minha amiga voltar.

28/01

Acordei super enjoada e o café da manhã era dal, arroz,  chapati e tudo aquilo que eu nem conseguia sentir o cheiro. Tinha um mingau de trigo e dai optei por isso. mas,claro, tinha cardamomo. tive que engolir. chai nem pensar.
O ashran e o lugar que fica era lindo, sem o barulho de Rishikeshi, mastras, arati, buzinas de moto... muito tranquilo.o silencio da self. meditação silenciosa ,foi como voltar para casa, carregar as baterias para segui nesta viagem intensa. a programação era subir o Himalaia para ir na caverna do Babaji. warderar é lindo, as casas de tijolos nas montanhas, cercada de verde, calmo, parecendo uma paisagem  tibetana mesmo. 
Fomos de ônibus até a trilha e no caminho surpresa: neve. descemos e fomos brincar na neve, minha primeira experiencia. de manha muito frio-comprei roupas tibetana em rishikeshi-warderar e muito claro, iluminado mas o sol demorava a aparecer devido as montanhas, mas ao menos as 10 começava esquentar e ficava ate um clima agradável  chegamos a trilha e começamos a subir em direção a caverna de babaji.
Babaji é o guru daqui, todo mundo fala dele como se ele estivesse sempre por perto 'sim babaji esta nas florestas, " ou tudo é babaji, este local e babaji etc. 
Começamos a subir a trilha de 3 km pra cima e de repente uma nova dificuldade ainda não vivida : o ar rarefeito. faltava o ar , não sabia se respirava pela boca, pelo nariz, respiração pesada, o ar parece que queimava o nariz mas fomos. 
Chegamos a caverna, sentamos, meditamos e eu sabia que aquela peregrinação era para elevar a minha consciência tao densa (cada dia mais sentia este contraste) foi muito bom. a noite meditamos com o guruji da self (um japones que esta la desde os anos 60) e depois teve satsanga onde tirei muitas duvidas, muito iluminado este guruji .Meu enjoo foi passando e minha mente começou a aceitar novamente (ainda com alguma restrição até hoje) a comida indiana. 

Noutro dia fomos visitar o templo de durga- historinha: um deus que não lembro o nome foi ferido em batalha e Hanuman teve que ir a uma montanha buscar um erva para salva-lo conforme foi orientado, chegou la tinha tanta erva que para não ter erro, ele resolveu carregar um pedaço da montanha e levar voando. no caminho um pedaço caiu no topo de uma montanha e es este pedaço que fica o templo de Durga.
Tem que subir, subir e depois subir 450 degraus , levar um sino e fazer um pedido que com certeza sera atendido. Compramos o sino e fomos subindo os degraus onde existe talvez milhões de sinos ao longo da escada, talvez milenares. 
Novamente falta de ar, nariz ardendo mas fomos penduramos o sino fizemos pedido e tivemos uma linda vista dos Himalayas gelado. la achamos outra especie de caverna era uma construção de 100 anos- onde tinha um babaji dentro, muitos pessoas ia reverenciar e o chamavam de babaji, ele nos chamou para entrar -este falava- e ele contou lindas historias sobre o babaji, a vida, disse que quem mora nos grandes centros tem que meditar de manhã e a noite.era um babaji muito feliz, cabelo lindo-barba e diferente de swami. Swami se liga a alguma instituição  baba é livre não se liga a nada e são muitos mas reverenciados na Índia  aprendi aqui também que não existe para eles esta divisão entre vedanta e tantra, um completa a outra , vedas é a sabedoria, tantra são as crias (são 108 eu pratico só uma das) a pratica. Esta separação é bem coisa de ocidental que nunca reconhece o todo.
Mais sabedorias, fomos embora eu pensando pra que tudo isso.

No outro dia-nosso ultimo dia la- fomos eu kie e juala passear pelas montanha ao redor na estrada considerada mas sagrada da Índia onde peregrinos se digerem ao himalaia gelado (esqueci o nome da estrada) fomos caminhando um pouco em silencio de repente uma águia linda , enorme, começou a nos acompanhar, fomos subindo subindo e dai uma mulher falou o templo de não sei quem é ali, fomos entrando por uma ruinha e de repente um templinho bem pequeno com uma deidade a cavalo. entramos, sentamos e meditamos. eu me perguntava o que significa tanta devoção  tantas deidades...
Aí parece que veio uma compreensão,  nossa eu não lembro de nada, um dia eu já tive esta devoção destes indianos, porque esqueci, por isso este vazio milenar no meu coração  já sentir este amor mas esqueci, dai comecei a pedir desculpas pra shiva, visnu, chirsna, desculpa, eu te esqueci, perdi este amor, quero tanto me lembrar deste amor, compreendi tb pq os indianos no arati pedem tanta desculpas (eles mexem com a mão a orelha para trás  eu queria pedir desculpas. 
O que poderia ser mas importante que este amor, quero voltar a te amar de novo. de repente toda esta viagem começou a fazer sentido. é pra isso que vim pra lembrar que um dia eu tive esta devoção e esqueci, me distrair com o mundo.

"faz me voltar ao meu la em ti"
om paz amem

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